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Exposição ‘Casa-Tempo: Assentamentos’, de Thiago Modesto, pode ser visitada até o dia 31.08, no Centro Cultural Correios RJ

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Com curadoria de Messias Silva de Oliveira, a exposição convida o visitante a entrar nas crenças, vivências e memórias do artista nos sertões fluminenses que atravessam sua trajetória.

A exposição ‘Casa-Tempo: Assentamentos’, do artista visual Thiago Modesto, com curadoria de Messias Silva de Oliveira, pode ser visitada até sábado, dia 31/08,  no Centro Cultural Correios RJ, apresentando sua mais recente produção em xilogravuras e trabalhos produzidos em tecido, com o objetivo de dividir suas vivências, crenças e memórias que partem principalmente de suas raízes familiares.

Os pés que atravessaram a soleira deste espaço expositivo a fim de transitar pela Casa-Tempo: Assentamentos, serão movidos a seguir em direção ao anfitrião que se encontra no interior da moradia. Os espectadores, conduzidos por essa figura que desterra lembranças guardadas no fundo dos cômodos da casa, são levados a perceber que o ambiente desta exposição individual do artista é uma convocação à intimidade.

Exposição ‘Casa-Tempo: Assentamentos’, de Thiago Modesto, pode ser visitada até o dia 31.08, no Centro Cultural Correios RJ
Os que já foram fisgados pela poética de Thiago Modesto veem, na passagem por esse assentamento memorial que reúne as lembranças de dois sertões fluminenses emaranhados pelo verde-atlântico, uma narrativa traduzida através da série de trabalhos que são o novo capítulo desta Casa-Tempo.  (Messias Silva de Oliveira – Curador)

Sobre Thiago Modesto

Thiago Modesto (1989), vive e trabalha no Rio de Janeiro. Designer formado em 2009, atua como gravador autodidata e artista visual desde 2014. Criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro (no bairro de Jacarepaguá), é de família migrante de Santo Antônio de Pádua, cidade do interior do estado, divisa com o estado de Minas Gerais. Seu trabalho aborda temas ligados à ruralidade, religião e o resgate de memórias de sua própria família. Em suas obras são contadas histórias, através de personagens, símbolos e figuras que, juntos, podem levar às mais diversas interpretações, de acordo com as próprias vivências, crenças e memórias do observador.

Editou ao longo dos últimos anos mais de 50 gravuras, muitas delas esgotadas. Sua técnica é a xilogravura – inicialmente trabalhou em placas de MDF, hoje trabalha também pranchas de peroba e canela. Possui trabalhos selecionados na Bienal de Gravura da Romênia (2021), Trienal de Arte Latino-Americana de Nova Iorque (2022), Bienal do Sertão (2023), Trienal Internacional de Gravura da Polônia (2024) e Bienal de Gravura da Armênia (2023), onde também atuou como palestrante no simpósio: “Armênia: Um Centro de Gravura na Região”. Em 2023, foi curador da Feira de Artes Gráficas do Sesc Quitandinha, como parte do Festival de Inverno do Sesc. Durante sua trajetória profissional, ministrou oficinas de gravura na UFF (Faculdade Federal Fluminense), no Museu Casa do Pontal e outros, além de ter participado de mesas e palestras de alcance nacional sobre o assunto.

“Venho de uma família migrante de Santo Antônio de Pádua, RJ, cidade de passado rural, localizada às margens do Vale do Paraíba. Esse é o primeiro sertão que atravessa a minha história. Desse primeiro sertão, preservo a memória da minha avó Maria de Lourdes, com quem convivi na infância. Preservo as histórias de uma família migrante, completa em vitórias e tragédias, de oito irmãs mulheres que me criaram. O segundo sertão que me atravessa é o de Jacarepaguá, zona oeste do estado do Rio de Janeiro, segunda morada da minha família, que, em busca de melhores oportunidades, se estabeleceu e criou as raízes que me fizeram brotar e viver nessa terra de dualidades. Vivi 31 anos da minha vida em Jacarepaguá, da qual preservo o sentimento de pertencimento e ausência. Lá que convivi poucos anos com meu avô, figura enigmática, tocador de pandeiro, devoto das folias de reis, descendente de uma mulher de etnia Puris, que sofre o apagamento de sua história e da qual preservo a ancestralidade.”

Instagram: @thiagomod
www.thiagomodesto.com.br

Serviço

Exposição: “Casa-Tempo: Assentamentos”
Artista: Thiago Modesto @thiagomod
Curadoria:  Messias Silva de Oliveira
Expografia e produção: Thais Merçon Serra
Trilha e Sonorização: Fernando Teixeira
Apoio: Galeria Oto Reifschneider @otogaleria
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @paulasoaresramagem
Visitação: até 31 de agosto de 2024
Dias e horários: de terça a sábado, das 12h às 19h
Local:  Centro Cultural Correios RJ – 2º andar – sala A @correioscultural
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @paulasoaresramagem
Evento gratuito
Censura Livre.

Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).

Acessibilidade: adaptado para pessoas cadeirantes

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