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Alfabetização em tempos de pandemia

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*Psicopedagoga Luciana Brites 

Depois de um ano cansativo e totalmente atípico, a indefinição sobre o reinício das aulas presenciais e o medo do coronavírus podem desanimar pais e alunos. Há ainda muita dúvida sobre como será a aprendizagem, educação e alfabetização com esse misto de atividades presenciais e online. Nesse momento, devemos trabalhar junto com as crianças a resiliência, que é a capacidade do indivíduo em lidar com problemas e adaptar-se a mudanças. 

Pais que estão com os filhos em idade de alfabetização estão preocupados. O processo de alfabetização vai coroar a estimulação do desenvolvimento da criança, que foi incentivada quando tinha 2 ou 3 anos através de cores, sons e letras de forma lúdica. Estudos científicos mostram que a partir dos 6 anos podemos começar o processo de alfabetização sistemática e este vai até os sete anos e meio. Esse período é importante, porque nessa fase a criança está mais apta para habilidades de leitura e escrita.  

Já aos 7 anos, começa um trabalho nas sílabas mais complexas e nas dificuldades ortográficas. Lembrando que crianças na Inglaterra, aos 7 anos leem 40 palavras por minuto. Logo, o processo de alfabetização pode ser sistematizado e mais estimulado nessa idade. 

A alfabetização é o processo de decodificação da letra e do som. Nós escrevemos utilizando letras que representam um som, por isso que se fala que a nossa escrita é alfabética. Em especial por conta da pandemia, é ainda mais importante os pais incluírem na rotina atividades que façam essa correlação, mostrando as letras e principalmente o som daquela letra, trabalhando de forma lúdica durante 30 minutos todos os dias. 

Um dos erros mais comuns no processo de alfabetização é achar que devemos ensinar a letra primeiro para que as crianças aprendam a ler e escrever. A letra é importante, mas antes da letra, um dos passos fundamentais para o processo de estimulação para as habilidades de leitura e escrita é a estimulação da consciência fonológica. A consciência fonológica é a percepção da sonoridade das palavras. 

Ela deve ser incentivada de forma lúdica entre 3 a 5 anos. Podemos estimular usando rimas e músicas com rimas. Com isso, estamos brincando com o som das palavras e, assim, as crianças percebem que há palavras com sons parecidos. Associar palavras com o mesmo som, como, por exemplo, panela e canela, é uma habilidade essencial na hora da alfabetização. 

Outros erros que muitas vezes são cometidos durante a alfabetização são a falta de rotina e a sistematicidade. Na escola tem que ter um planejamento e uma programação. Logo, em casa também. A criança tem que estar ciente do que está acontecendo e que aquele momento é de estudar. É preciso ter um planejamento claro das atividades e do objetivo. Não devemos deixar a criança com muitas atividades ou sem. 

Nesse período de pandemia, tudo está sendo um aprendizado para educadores, pais e alunos. Devemos ter empatia e tentar, mais do que nunca, estimular nossos filhos em casa. Converse com o professor e veja o que pode ser feito. Fale com ele sobre possíveis dificuldades do seu filho. A união entre pais e escola vai ajudar muito no desenvolvimento do seu filho. 

(*)CEO do Instituto NeuroSaber(www.neurosaber.com.br), Luciana Brites é autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie 

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Seja mais otimista

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Juliana Brito, empresária, CEO e cofundadora da Indie Hero e da GJ+

Você sabia que ser otimista pode influenciar positivamente no seu desempenho? Algumas pesquisas já comprovaram isso. Por exemplo, um experimento organizado pelo pesquisador Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia, acompanhou dois grupos de funcionários: os aprovados por aptidão e os escolhidos pelo otimismo. Logo no primeiro ano, os otimistas tiveram desempenho 21% melhor do que os demais.

 

Outro dia, assisti um episódio do meu podcast favorito, o The Diary of a CEO, tratando deste mesmo tema. Em algum momento do vídeo, a convidada traz um dado bem interessante: ‘Pessoas otimistas ganham, em média, 33 mil dólares a mais que pessoas pessimistas’.

 

A pesquisa não é bem clara e não dá para saber se isso acontece apenas pelo fato delas pensarem positivo, ou se elas compartilham características mais valorizadas no mercado de trabalho. O fato é que pessoas otimistas ganham mais!

A convidada ainda comentou que pessoas otimistas são mais felizes, porque correm mais riscos. E isso acontece pelo simples fato delas acreditarem que as coisas vão dar certo. Parece meio óbvio. Por que começar uma coisa pensando que vai dar errado?

 

É por isso que a maioria dos empreendedores de sucesso são pessoas otimistas. Outra opinião dada foi que o pessimismo está ligado a depressão. Mas o que fazer para se tornar uma pessoa mais otimista? A resposta dada não me agradou muito. Porém, fez-me lembrar da minha própria experiência com depressão, em 2015.

 

Na época, eu me via afundada em pensamentos negativos. Parecia o fim do mundo. Quando finalmente decidi sair desse buraco, fui a busca de algo que me ajudasse. Encontrei várias coisas: estudos, práticas, meditação entre outros. Mas qual foi o divisor de águas? Um TED Talk sobre a técnica da gratidão. Nela, a pessoa precisa terminar o seu dia dizendo três coisas pela qual foi grata naquele dia.

 

E o que isso faz? Isso faz com que, depois de um tempo praticando essa técnica, o seu cérebro começa a procurar coisas para citar ao final do dia. Você passa a olhar para o lado mais positivo do seu dia. Esse tempo varia, para mim foram uns 7 dias. Essa experiência me fez pensar: por que não trazer essa técnica para o meu negócio?

 

Criei um ritual antes de cada reunião semanal: cada um do time tem que compartilhar uma coisa positiva e uma coisa negativa que aconteceu com ela na semana anterior. Você tem um minuto para isso, ou seja, não gasta muito tempo! Tem uma regra, aliás. Você pode passar uma semana sem uma experiência negativa, mas uma positiva é obrigatória.

 

E por que o negativo? Ah, isso é para criar empatia! Às vezes, uma palavra atravessada numa conversa ou uma mensagem não respondida pode deixar alguém magoado. Quando compartilhamos o negativo, normalmente descobrimos que a pessoa estava passando por algo complicado quando não agiu da melhor forma.

 

Não se trata de uma sessão de terapia em grupo, mas ajuda a criar laços e compreensão. Essa prática trouxe resultados incríveis na cultura da empresa, na gestão e na união da equipe. É algo que vai além do profissional, cria empatia e positividade no ambiente. Isso pode fazer a diferença.

(*) Juliana Brito é empresária, CEO e cofundadora da Indie hero e da  GJ+, empresas focadas no desenvolvimento do ecossistema de jogos no brasil com ativações em eventos como Rock in Rio, rio Innovation week, Innova Summit, Casa Brasil Israel e Rio2c. fellow YLAI. Além disso, é mentora de pitch, negócios e games em eventos como innovativa Brasil, NASA talks, DNA empreendedor, startup weekend etc.

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“A Campanha #HomologaCamilo: Liderança e Mobilização para a Inclusão Educacional”

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A hashtag #HomologaCamilo tem se destacado nas redes sociais nas últimas 72 horas, tornando-se a mais citada nas redes sociais do ministro desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023. Esta campanha, liderada por mais de 2600 entidades que coletaram 37 mil assinaturas em favor do Parecer Orientador nº 50, publicado pelo Conselho Nacional de Educação em janeiro de 2024, tem chamado a atenção pela quantidade de postagens feitas por mulheres sobre o tema.

O Parecer Orientador nº 50, aprovado por unanimidade, prevê a inclusão dos alunos autistas na escola com todos os apoios necessários para que efetivamente acessem, permaneçam, participem e aprendam, atendendo a uma das maiores demandas na educação atualmente. Especialistas e coletivos de universidades como UFSCar, UNB e UFMG têm endossado o documento, destacando sua importância técnica e baseada na ciência para a formação de professores e implementação de políticas de equidade, incluindo o PEI (Plano Educacional Individualizado) recomendado pela ONU.

“Trata-se de uma visão bastante revolucionária do ponto de vista educacional pois reforça a valorização dos profissionais da educação, da família e das pessoas com autismo como uma tríade essencial ao processo inclusivo buscando uma mediação focada sempre no melhor interesse do estudante. Assim, propõe decisão, planejamento e mudança como um caminho, um norte, como o próprio título indica” afirma Flávia Marçal, professora da UFRa advogada, pessoa com deficiência e mãe de um adolescente autistas, e que participou da organização do documento.

O Parecer também reconhece a importância das mulheres, especialmente mães de pessoas com autismo, que muitas vezes são deixadas sozinhas após um diagnóstico. Essas mulheres, frequentemente, abandonam seus empregos para dedicarem-se aos filhos, tornando-se especialistas e lideranças na área, mobilizando uma ação nacional sobre o tema. Suely Menezes, relatora do parecer junto ao CNE afirma: “Infelizmente muitas mães de pessoas com autismo são abandonadas pelos maridos após um diagnóstico. Há estudos que apontam índices de 70% de abandono parental antes dos 5 anos. A força delas tem gerado uma mobilização nacional impactante sobre o tema.”

Além disso, o documento adota tecnologias sociais desenvolvidas por mulheres mães de autistas, como o “Protocolo de Conduta”, reconhecendo a importância de incluir perspectivas femininas no debate sobre autismo.

Uma das inovações do Parecer é sua abordagem diferenciada para o autismo em mulheres, reconhecendo que muitas meninas com autismo não recebem o mesmo acolhimento adequado que meninos, devido à capacidade de “mascarar” seus sintomas. Infelizmente, apesar dos esforços de inclusão, há relatos de misoginia no debate, com mulheres autistas e mães de pessoas com autismo sendo silenciadas e bloqueadas por algumas entidades, o que está sendo investigado pelas autoridades competentes. O tema ainda é pouco abordado e pode representar a ausência de suporte e garantia de direitos educacionais a meninas e mulheres.

Em resumo, o Parecer Orientador nº 50 representa um avanço significativo na inclusão educacional de pessoas com autismo, reconhecendo a importância das mulheres no processo e adotando tecnologias sociais desenvolvidas por elas.

“O parecer é um alento para inúmeras famílias que precisam de uma educação inclusiva de qualidade, com base em evidências científicas.” – Acrescenta Lucelmo Lacerda, professor Universitário, Doutor em Educação e pesquisador em Autismo e Educação Inclusiva.

Lucelmo Lacerda é Professor Universitário, Doutor em Educação pela PUC-SP, com pós-doutoramento no Departamento de Psicologia da UFSCar e pesquisador em Autismo e Educação Inclusiva. Ele também é Diretor de Projetos da Luna Aba, clínica especializada em autismo severo, recém-inaugurada em São José dos Campos, interior de São Paulo. É autor de diversos livros, entre eles “Transtorno do Espectro Autista: uma brevíssima introdução” e “Crítica à Pseudociência em Educação Especial: trilhas de uma educação inclusiva baseada em evidências”.

Lucelmo pode contribuir significativamente para que a imprensa se aprofunde nas discussões sobre o assunto, dada a relevância do tema para a educação no país. Diante disso, gostaria de, gentilmente, sugeri-lo como fonte especializada.

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Festa do Peão de Paulínia faz aumentar procura por hospedagem no município

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Entre os dias 21 e 24 de março, vai acontecer na cidade de Paulínia, interior do Estado de São Paulo, a Festa do Peão de Paulínia. O evento já está aquecendo vários setores da economia do município, entre eles, o de hotelaria. Instalado a menos de 900 metros do Parque Brasil 500, local onde será a festa, o hotel Sleep In Paulínia, viu a procura por hospedagens para o mês de março aumentar 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Boa parte das hospedagens já reservadas para a semana do evento, são de pessoas que estão vindo para curtir a festa de cidades como São Paulo, Jundiaí, Araras, Leme e Ribeirão Preto. No ato da reserva, já perguntaram se o hotel era próximo do evento”, conta Ewerton Senne, diretor do Sleep In Paulínia. “Ainda restam poucos quartos disponíveis para a semana do rodeio”, revela.

De acordo com Ricardo Antonio Dalbem, presidente da Festa do Peão de Paulínia, o evento aquecerá a economia local com a movimentação do comércio, hotéis, setores de transportes e restaurantes, além da geração de 700 empregos diretos e indiretos. “As festas do peão estão entre os maiores responsáveis pelo crescimento do setor de eventos no Brasil”, comenta Dalbem.

Artistas como Bruno & Marrone, Luan Santana, Gustavo Mioto, Ana Castela, Luan Pereira, KVSH e Gusttavo Lima estarão se apresentando na festa.

SLEEP IN PAULÍNIA
O Sleep Inn Paulínia está localizado em uma das cinco entradas da cidade, próximo à prefeitura, ao Theatro Municipal e ao Sambódromo. O hotel pode ser facilmente acessado pelas Rodovias Anhanguera, Dom Pedro I e Professor Zeferino Vaz, estando apenas a 37 km do Aeroporto de Viracopos.

Com uma estrutura completa para negócios, o hotel conta com salas de reunião, restaurante, bar, loja de conveniência, academia e piscina. Para conhecer mais sobre o Sleep In Paulínia, acesse o site https://www.reserveatlantica.com.br/hotel/sleep-inn-paulinia.

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